O Segredo Do negocio

Quer aprender como ter sucesso e ganhar dinheiro com artesanato em feltro? neste artigo criado pela equipe Santa fé mostraremos o segredo do negocio.

Você que é artesã e quer vender e vender muito, ou você que ainda não tem uma loja mas está pensando em abrir uma eu sugiro que comece estudando um pouco e vendo os caminhos certos para alcançar o sucesso. Muitos começam mas em pouco tempo não conseguem ir mais adiante e não sabem o real motivo. neste artigo você vai aprender o segredo do negocio para chegar ao topo e permanecer la.

Orçamento o segredo do negocio
Montar orçamento faz parte do nosso cotidiano. Quando estamos no supermercado com a família, quando gerenciamos as contas domésticas e até mesmo quando realizamos aquela festinha de aniversário dos nossos filhos. É preciso determinar quanto vamos comprar de comida e bebida, quantos convidados, quanto vamos gastar com a decoração.

No mundo empresarial é a mesma coisa. E um orçamento bem feito pode fazer a diferença entre uma empresa competitiva e uma empresa comum.

Muitas vezes ouvimos alguém dizer: – Estou até o teto de pedidos, mas dinheiro não sobra! Se isto já aconteceu com você, pode ser que você esteja com problemas na precificação, já que se você aumentar o preço dos seus produtos irá perder um pouco de pedidos, mas em compensação irá lucrar mais em cada venda.

Para que este conceito funcione positivamente pra você, é necessário que consiga demonstrar o valor do seu produto, e a utilidade que ele tem. Vou exemplificar: um copo de água tem mais valor para alguém no nordeste, onde faz mais calor, do que para alguém do sul, onde a temperatura é mais amena.

Podemos demonstrar o valor do produto de diversas maneiras, mas isto não é universal, pois cada pessoa tem seus próprios critérios de valor. O valor é determinado pela utilidade, embalagem, propaganda, disponibilidade, visibilidade, serviços agregados e assim por diante. Itens bem subjetivos.

Se você consegue fazer o seu cliente entender os valores que estão agregados ao produto que você está vendendo, você conseguirá cobrar mais por este produto. Então vender o produto certo, para a pessoa certa, é fundamental para valorizar seu produto.
Só quem realmente deseja seu produto, somente quem sabe o que significa seu trabalho pagará um preço justo e rentável por ele, não tenha dúvida. Então o bom vendedor é oportuno e sabe identificar seu público alvo.

O que é preço de venda?
Para resumir, preço de venda é o valor que sua empresa irá cobrar dos seus clientes.
Este valor deve ser suficiente para cobrir todos os custos que sua empresa tem para produzir, todas as despesas que ela tem para vender, e é claro, obter lucro sobre seu produto ou serviço.
Cobrar o valor certo dos seus clientes pode ser o melhor caminho para aumentar a competitividade entre sua empresa e seus concorrentes.

Custos – é quanto a sua empresa gasta para produzir o que será oferecido aos clientes.
Despesas – é quanto a sua empresa gasta para vender um serviço ou produto e, assim, gerar receitas.
Lucro – é o retorno que a sua empresa terá ao vender um produto ou serviço. O lucro é o dinheiro que irá financiar o crescimento do negócio.

Dica: Com o preço de venda definido, faça uma comparação entre o seu preço de venda e o preço cobrado pelos seus concorrentes. Isso irá mostrar se a sua empresa está dentro da competição no mercado e se é preciso baixar ou até mesmo aumentar sua margem de lucro.
Fique atento: Existem empresas que não conseguem se diferenciar pela qualidade e cobram um valor muito abaixo do possível. Não entre nesta perigosa competição! Muitas empresas fecham as portas por não suportar funcionar com prejuízo por longos períodos. Prefira oferecer qualidade com preço justo.


DICA-DE-MESTRE Dicas de Andréia Fernandes
COMO COBRAR O PREÇO CERTO?
Já tive muitas dúvidas na hora de colocar preço em minhas peças de artesanato. Como a maioria das pessoas, ficava insegura na hora de falar o preço que eu achava que deveria ser, e o cliente achar caro, fazer cara feia e não querer comprar. Muitas das vezes preferia nem vender. Pura insegurança!!!
Por isso comecei a pesquisar muito na Net e encontrei muitas dicas legais. E, juntando uma aqui e outra ali, me senti muito mais segura e hoje consigo falar o preço numa boa para o cliente, pois sei exatamente que o preço da peça é o preço certo e justo tanto para mim quanto para o cliente.

O PRIMEIRO PASSO
O primeiro passo que devo mencionar é: não tem como você dar um preço para uma encomenda sem antes ter feito a peça!!! Fato![/col2]Vejo muitas clientes chegando com fotos de trabalhos de outras pessoas e perguntando: “Quanto você cobra para fazer 100 peças dessas?”. A artesã fica desesperada querendo dar o preço rápido porque o cliente precisa de uma resposta, e acaba dando um valor baixo com medo do cliente não querer fazer com ela. Resultado: ela não sabia que aquela peça lhe daria tanto trabalho e gastaria tanto do seu tempo. Então acaba pagando para trabalhar.
Lembre-se que o cliente precisa pesquisar o que será melhor para o seu orçamento. Por isso peça-lhe um dia para fazer pelo menos uma peça. Isso também se chama “respeito ao cliente”. A peça que você fizer baseada no trabalho de outra artesã nunca ficará igual. Por isso faça a sua e mostre ao seu cliente para ver se ele aprova. Isso irá evitar que ele se sinta enganado. E, você terá um cliente satisfeito que lhe indicará para outras pessoas. Só assim você terá uma carreira sólida e promissora.
Nunca pegue uma encomenda de uma peça que você nunca fez! Isso também vale para peças grandes e trabalhosas. Mesmo que o cliente resolva não ficar, você conseguirá vender para outra pessoa.

PAPEL E CANETA NA MÃO
Agora que você já fez a peça, sabe exatamente o tempo que levou para produzi-la. Anote tudo em um caderno para não se perder depois. Anote o tempo gasto e o material usado. Dá um pouco de trabalho, mas vale a pena. Eu costumo marcar a peça no feltro e medir o tamanho do feltro que eu usei. Meça a grosso modo podendo deixar algumas sobras.

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Não é preciso cortar as peças antes de medir. É até melhor não cortar, pois assim entra também na conta as sobras. No exemplo acima eu gastaria um pedaço de feltro de uns 40 cm x 28 cm. Depois só preciso saber o tamanho que é vendido. No caso do feltro o tamanho básico é 1 metro x 1.40.
Vamos supor que eu tenha gasto duas horas para produzir esta peça, mais linha, botões… Informações anotadas, vamos aos cálculos.

CALCULANDO O VALOR
Agora vamos calcular o valor da peça. Lembre-se que será preciso fazer o mesmo processo para todas as peças que você fizer.
Para calcular o valor você precisará definir dois custos: o CUSTO FIXO e o CUSTO VARIÁVEL.
No CUSTO FIXO irão entrar todas as despesas que você tem por mês: luz, água, internet, seu salário, inss, telefone, aluguel (se for o caso), salário do ajudante (quando houver), celular, transporte, etc. Veja todos os gastos fixos que você tem por mês que estejam relacionados ao seu trabalho.
A maioria das artesãs trabalha em casa, como eu. Então vamos a um exemplo para quem trabalha em casa:

Luz:
você gasta R$140,00 por mês em sua casa, então divida esse valor com o seu trabalho= R$70,00 (isso vale para todas as contas da casa)

Água:
 R$30,00

Telefone:
 R$40,00

Internet:
 R$40,00

INSS:
 R$40,00

Seu salário:
Lembre-se que seu trabalho como qualquer outro precisa ser remunerado, então defina seu salário. Neste exemplo vou colocar um pouquinho a mais que um salário mínimo para termos as contas mais fáceis de serem entendidas. R$700,00

Os valores acima são só exemplos. Você precisa fazer um levantamento de todos os gastos que estão diretamente ligados ao seu trabalho. O lado bom é que você não precisará fazer esta conta muitas vezes. A não ser que tenha alguma alteração de valor em suas contas à pagar.
Então temos de CUSTO FIXO mensal:  R$920,00 (não se assustem…rsrsrs) ou R$36,80 diários. Dividi o mês por 25 dias já que não trabalho aos domingos, mas meus domingos também são remunerados.
No CUSTO VARIÁVEL irá entrar todo material que você gastou para fazer a peça e/ou (de posse das informações de quanto gastou para fazer uma peça) toda a encomenda. Vou dar um exemplo baseada no meu trabalho com feltro:

2 metros de feltro:
 R$20,00

Linhas:
 R$ 10,00

Acessórios:
 R$10,00

Total do meu custo variável: R$40,00.

APLICANDO
De posse de todas as informações em mãos vamos então ao cálculo das peças. Lembram-se que eu mencionei que levei duas horas para fazer a peça? Então em uma dia de trabalho eu faria 4 peças. E, em cinco dias eu terminaria a minha encomenda de 20 peças. O custo variável para a fabricação das 20 peças foi de R$40,00.
E, o meu dia de trabalho (o meu custo fixo) é de R$36,80 por dia que dá um total de R$ 184,00 para os cinco dias de trabalho.
Somamos o Custo Fixo ao Custo Variável e termos um total deR$224,00. Dividindo esse valor pelo número de peças feitas (que no caso foram 20 peças em cinco dias) obteremos: R$ 11,20 para cada peça. Não falei para não se assustarem… rsrsrs

LUCRO
Como a expressão: “o que vier é lucro”… O lucro é o dinheiro que vai sobrar. É com o lucro que você poderá dar descontos. Costumo usar uma margem de lucro de 100% e posso chegar até 30% dependendo da quantidade que for encomendado. Isso será negociado com o cliente.
Lembre-se também que seu salário como trabalhador já foi pago nos custos fixos. Portanto, use o lucro para guardar e investir em novas tecnologias e equipamentos para a melhoria do seu trabalho.
Separe bem os valores, pois assim você terá o seu salário para gastar como quiser. Não use o dinheiro de uma coisa para outra. Por exemplo: não use o dinheiro da sua luz para comprar material. Para investir em novos materiais você pode usar o lucro e também o Custo Variável.
Eu venderia a minha peça por R$22,40 a unidade e posso chegar até R$15,70 (que é um lucro mínimo de 30%) para quantidades pré-estabelecidas (acima de 20 peças, por exemplo).

ELEVANDO A AUTOESTIMA
Saber o quanto você vai cobrar pelo seu trabalho irá levá-la a outro patamar de sentimentos. A insegurança com certeza é a primeira a desaparecer e você não precisará mais ficar pensando: “será que tá caro?” “será que tá barato demais?” “quanto vale meu trabalho?”. Todas essas perguntas irão desaparecer, pois agora você sabe exatamente o que cada peça que você produz está pagando. E, não terá mais medo de dar o valor ao seu cliente achando que sairá perdendo. Seu trabalho está pago, seu material está pago e o melhor de tudo é que poderá ver os frutos deste trabalho de tanta dedicação.
Então mãos à obra… Ou melhor, ao papel e lápis… rsrsrs. Qualquer dúvida deixem seus comentários que ficarei feliz em lhes responder; se eu souber claro… Pois como todas ainda estou aprendendo, a cada dia. Não sou expert no assunto. Apenas encontrei pesquisando muito na internet uma forma que está servindo como uma luva (de feltro claro… rsrsrsr) para mim e espero que dê certo para vocês também.

DICA: Tirem pelo menos um dia para pesquisar na net. Um blog super legal que tenho dedicado algumas horas por semana para ler todinho: http://www.assimsim.com.br/
E, sem medo de ser feliz, mudei o nome do blog, do face, fiz nova logo e estou encontrando um novo caminho. Nunca sabemos o suficiente para ficar paradas. Não tenha medo de inovar!!!
E… Por falar em finanças. Todas sabem que a época do ano em que o artesanato bomba é o Natal. Como trabalho há dois anos apenas com feltro, no primeiro Natal fiz peças só para mim e para minha casa. No segundo Natal comecei tarde e não dei conta de fazer tudo o que eu queria e prometi que começaria a fazer peças de Natal em janeiro de 2013 (rsrsrs). Não dá só pra fazer isso durante o ano todo. Até porque a cabeça fervilha de ideias novas… rsrsrs. Então, sempre que tenho um tempinho sobrando (mesmo que seja num domingo pra relaxar…) eu faço uma peça de Natal, embrulho direitinho e vou guardando. Uma ideia legal são enfeites para árvores. Por isso, o molde que vou disponibilizar para vocês pode ser usado o ano todo, mas com certeza irá bombar no Natal. Vocês poderão diminuir um pouco o tamanho e fazer muitas fofurices para enfeitar as árvores.
Beijo muito grande em cada coração e espero que tenham gostado! Qualquer dúvida estarei sempre à disposição para tentar responder, e se eu não souber vamos buscar juntas a resposta!!!

TÁTICA 20/80
Veja se este caso se aplica ao seu:
Os itens de venda constante e de maior volume, como por exemplo, o pão e o leite nas padarias, devem ter margens menores. Já os itens mais elaborados e sofisticados, como os frios e pães recheados das panificadoras, permitem aplicar taxas mais altas e garantir mais lucratividade.
“Uma das táticas usadas pelas grandes empresas é conhecida como 20/80. Nela, 20% dos produtos devem bancar os custos fixos da operação. São justamente os carros-chefes, que têm margens menores. Com os outros 80% é possível criar estratégias para ganhar mais lucratividade”, diz Monteiro.

Um grande conselho: Ter muita cautela para fazer descontos e promoções ou para remarcar preços para baixo. As promoções são valiosas nos casos de produtos perecíveis, como alimentos, coleções de roupas, carros prestes a sair de linha e passagens aéreas. É bom lembrar que 10% de diminuição do preço podem abaixar até 30% da margem de contribuição do produto. Neste caso, seria necessário vender 30% a mais para não amargar um resultado negativo.

Como apresentar um orçamento
Ao fazer um orçamento de venda você deverá constar:
DESCRIÇÃO DO MATERIAL, UNIDADE, QUANTIDADE, VALOR UNITÁRIO E VALOR TOTAL.

Após, considerar se neste valor já está incluso impostos (ICMS, PIS, COFINS, etc).
Para terminar lembre-se de apresentar PRAZO DE ENTREGA, FORMA E PRAZO DE PAGAMENTO.

Valorize o seu serviço e lembre-se: “Quem não quer pagar por um bom serviço com certeza não terá um bom serviço.”

Fontes que valem uma visita:
Site Pequenas Empresa Grandes Negócios
http://revistapegn.globo.com

Site Sebrae SP
http://www.sebraesp.com.br

Site Mundo Sebrae
http://www.mundosebrae.com.br

Site Linha de Codigo
http://www.linhadecodigo.com.br

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Autora Bibi Soares. Feltro Santa Fé
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